De quando a memória vira obra. Ateliê de Memória e Narrativa - Encontro com Idosas
Nosso último encontro aconteceu no dia 07 de maio, na biblioteca do CEU Três Pontes junto com o grupo do projeto Biblio&Fitness. Começamos o dia nos alongando, aquecendo o corpo e a voz, muitas histórias viriam a ser contadas, pois.
O seu Vital, que conhecemos na biblioteca do CEU Parque Veredas foi e levou a sua sanfona. O tema: infância. Abri um baú com algumas cartas em branco, algumas palavras e uma máquina de fotografia instantânea. Depois de inúmeras conversas, convidei uma das senhoras para relembrar um episódio de sua infância, ela lembrou de quando o seu pai a colocava de castigo ajoelhada no milho quando ela errava a tabuada.
Pois bem, convidei o Bruno Fuziwara para representar o seu pai. Ambos reviveram aquela memória. Teatralizaram a vida. Misturaram a imaginação com a realidade. Criaram. Registrei. Entreguei a foto a ela, que docemente me disse que iria emoldurá-la e pôr na sala. Em certa medida, a lembrança daquele castigo se tornava doce e forte. A memória é resiliente, lembro. O dia de muito afeto findou-se com a entrega de agendas e de cartas em branco. Convites à escrita. Convidamos a todos a escrever cartas para amigos ou parentes distantes. No próximo encontro, elas trarão as cartas e nós do coletivo as postaremos.
Muita gratidão por toda forma de amor e diálogo.
Por Ana Carolina Marinho
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