Escrita de Cartas

A Escrita de Cartas faz parte do Ateliê de Memória e Narrativa, que é uma ação desenvolvida pelo Coletivo Estopô Balaio desde abril/2015. Sua principal atividade é a escrita e o envio de cartas gratuitas para qualquer interessado e para qualquer lugar do mundo. 

O Estopô Balaio desenvolve desde 2015 escritas de cartas nas estações de trem do estado de São Paulo. Encontramos nas cartas a possibilidade de aprofundar a escrita de si e o diálogo com o outro. Algumas cartas foram escritas para dar conta da timidez das palavras que saem da boca, escritas entre soluços e muita coragem para dizer sobre o amor que o remetente tem pela destinatária, mas que só a carta lhe deu o fôlego necessário para dizer isso. Outras foram escritas em busca de realizar sonhos que parecem impossíveis de serem realizados pelas próprias mãos. Palavras que tentam acalmar a solidão nessa grande cidade. Cartas que percorrem distâncias que o corpo já não mais consegue. Escrever cartas é um processo de retorno à memória e de continuidade do presente. É uma tentativa de manter acesa a chama do diálogo. O projeto de escrita de cartas é motor para inúmeros projetos do Coletivo Estopô Balaio. Já transformamos 3 cartas escritas em espetáculos e convidamos os remetentes para estarem em cena conosco. Os espetáculos são "Carta 1: A infância, promessa de mãe", "Carta 2: A vida adulta, a mulher" e "Carta 3: A velhice, o artista", todos os três compõe a trilogia "Nos trilhos abertos de um leste migrante". 

Estávamos escrevendo cartas todas as segundas-feiras, na frente da estação Jardim Romano, mas devido à pandemia do coronavírus, deslocamos nossa atividade para a internet. É assim que nasce "Cartas para novos mundos", em que propomos a escrita de cartas on-line, em que os remetentes entram na live do Instagram e a escrita se dá ao vivo em tempo real. Depois mandamos a carta em formato sonoro para os destinatários; e enviamos ainda a carta física, via Correios, pós pandemia, junto com o print do momento da escrita. Como uma garrafinha lançada ao mar. O público que estará assistindo também poderá interferir nas escritas com sugestões pelos comentários. Será uma webcarta escrita à muitas mãos, a fim de engordar a saudade e encurtar as distâncias.  

 

 

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